segunda-feira, 26 de abril de 2010

Frases em Latim PARTE 2



247. Ganha dinheiro quem tem dinheiro. — Dantur divitiae non nisi divitibus.
248. Ganha fama e deita-te na cama
. — Audies bene ab hominibus et tuto vivas.
249. Ganha fama e deita-te na cama
. — Bonus rumor alterum est patrimonium. 250. Gato escaldado de água fria tem medo. — Horrescit gelidas felis adustus aquas. 251. Grandes viagens, grandes mentiras. — Longum iter emensus, mendacia longa reportat. 252. Guarda-te de homem que não fala e de cão que não ladra. — Ira quae tegitur nocet. 253. Há males que vêm por bem. — Nunc bene navigavi, cum naufragium feci.
254. Hoje por mim, amanhã por ti
. — Hodie mihi, cras tibi.
255. Homem honrado, antes morto que injuriado.
— Nobilis, ut vitet probrum, dat pectora ferro. 256. Homem magro, sem ser de fome, vale por dois “home”. — Cavete a macilento non famelico. 257. Hóspede e peixe com três dias fede. — Hospes et piscis tertio quoque die odiosus est. 258. Hóspede jejuador, bem-vindo seja! — Si mea non coenes, gratior hospes es.
259. Igual com igual se apraz. — Igual agrada igual.
— Aequalis aequalem delectat.
260. Infeliz da raposa que anda aos grilos.
— Tunc male vulpi erit, si muscas prendere tentet. 261. Infeliz do rato que só conhece um buraco. — Mus miser est sabe que solo clauditur uno. 262. Intriga de irmão, intriga de cão. — Fratrum irae acerbissimae.
263. Junta o útil ao agradável.
— Utile dulci.
264. Ladrão que furta a ladrão tem cem anos de perdão.
— Callidus est latro qui tollit furta latroni. 265. Língua comprida, sinal de mão curta. — Cui lingua est grandis, parvula dextra est. 266. Lobo não come lobo. — Furem fur cognoscit, et lupum lupus.
267. Longe da vista, longe do coração
. — Procul ex oculis, procul ex mente. 268. Macaco velho não meta a mão em cumbuca. — Annosa vulpes non capitur laqueo. 269. Mais barato é o comprado que o pedido. — Emere malo quam rogare.
270. Mais faz quem quer do quem pode.
— Saepe potestatem solita est superare voluntas. 271. Mais há quem suje a casa que quem a varra. — Qui varrant, pauci; est multus, qui sordidet aedes. 272. Mais sabe o tolo no seu do que o sisudo no alheio. — Sua melius insanus curat quam sapiens aliena. 273. Mais se arrepende quem fala do que quem cala. — Multis lingua nocet: nocuere silentia nulli. 274. Mais se sabe por experiência que por aprender. — Magis experiendo quam discendo cognoscitur. 275. Mais vale a qualidade que a quantidade. — Amplius juvat virtus, quam multitudo. 276. Mais vale amigo na praça do que dinheiro na caixa. — Ubi amici, ibi opes. 277. Mais vale o feitio que o pano. — Materiam superabat opus.
278. Mais vale penhor que fiador
. — Pignus fideijussore securius.
279. Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga
. — Auxilium superum humanis viribus praestat. 280. Mais vale um “toma” que dois “te darei”. — Bis gratum quod ultro offertur.
281. Mais vale um burro vivo que um doutor morto.
— Melior est canis vivis leone mortuo. 282. Mais vale um ovo hoje que uma galinha amanhã. — Ad praesesn ova cras pullis sunt meliora. 283. Mais vale um pássaro na mão que dois voando. — Plus valet passer in manibus, quam sub dubio grus. 284. Mais vale vergonha na cara que mágoa no coração. — Pudere praestat quam pigere. 285. Mal de muitos consolo é. — Quae mala cum multis patimur leviora videntur. 286. Mal ou bem, com os teus te avém. — In omni fortuna tuis adhaere. 287. Mandar não quer par. — Omnis potestas impatiens consortis erit. 288. Melhor seria se não tivesse nascido. — Bonum erat si non natus non fuisset homo ille. 289. Muito falar, muito errar. — In muktiloquio non deerit stultitia. 290. Muito pode o galo no seu terreiro. — Plurimum valet gallus in aedibus suis. 291. Muito prometer é uma maneira de enganar. — Multa fidem promissa levant. 292. Muito riso é sinal de pouco siso. — Per multum risum stultus cognoscitur. 293. Muitos amigos em geral, e um em especial. — Neque nullis sis amicus, neque multis. 294. Muitos são os chamados, porém poucos os escolhidos. — Multi sunt vocati, pauci vero electi. 295. Mulher andeja fala de todos, e todos dela. — De cunctis loquitur faemina quae tota cursitat urbe vaga. 296. Mulher boa é prata que soa. — Nil melius muliere bona. 297. Mulher e vidro sempre estão em perigo. — Et vitrum et mulier sunt in discrimine semper.
298. Na barba do tolo aprende o barbeiro novo
. — A barba stolide discunt tondere novelli. 299. Na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso. — Mendaci ni verum quidem dicenti creditur. 300. Na cauda é que está o veneno. — In cauda venenum.
301. Nada duvida quem nada sabe.
— Ille nihil dubitat qui nullam scientiam habet.
302. Nada tem quem não se contenta com o que tem.
— Cui nunquam satis est, possidet ille nihil. 303. Não faças a outrem o que não quererias que ti fizessem. — Quod tibi non vis, alteri ne facias. 304. Não faças aos outros o que não queres que te façam. — Alteri ne facias quod tibi fieri non vis. 305. Não gosta do doce quem não prova o amargo. — Dulcia non novit qui non gustavit amara. 306. Não há bem que sempre dure, nem mal que sempre ature. — Omnium rerum vicissitudo est. 307. Não há casamento pobre, nem mortalha rica. — Nemo nupsit inops, dives nec mortuus ullus. 308. Não há efeito sem causa. — Causa debet praecedere effectum.
309. Não há gato, nem cachorro que não saiba.
— Lippis et tonsoribus notum. 310. Não há gosto que não custe. — Commoditas omnis fert secum incommoda.
311. Não há gosto sem desgosto. —
Fel latet in melle et mel non bibitur sine felle. 312. Não há melhor espelho que amigo velho. — Se gerit egregium speculum veteranus amicus. 313. Não há nada de novo debaixo do sol. — Nihil sub sole novi.
314. Não há regra sem exceção.
— Deviat a solitis regula cuncta viis.
315. Não há tempero tão bom como a fome.
— Fames optimum condimentum.
316. Não merece o doce quem não prova o amargo.
— Dulcia non meruit qui non gustavit amara. 317. Não pode ser meu amigo o amigo de meu inimigo. — Inimici sui amicum nemo in amicitia sumit. 318. Não sabe governar quem não sabe obedecer. — Non bene imperat, nisi qui paruerit imperio. 319. Não saiba a mão esquerda o que faz a direita. — Nesciat sinistra quod faciat dextera tua. 320. Não se aumente a aflição do aflito. — Afflicto non est addenda afflictio.
321. Não se bebe sem ver, nem se assina sem ler.
— Inspice bis potum et chartam subscribe scienter. 322. Não se deve aumentar a aflição do aflito. — Afflictis non est addenda afflictio. 323. Não se deve ser juiz de causa própria. — Aliquis non debet esse judex in propria causa. 324. Não se pode demandar contra si mesmo. — A se impetrare ut nom posse. 325. Não suba o sapateiro além da chinela. — Ne sutor ultra crepidam.
326. Não te deves fiar senão naquele com quem já comeste um molho de sal. —
Nemini fidas, nisi ei, cum quo prius modium salis absumptseris.
327. Não vás à festa alheia sem ser convidado
. — Alterius — festum solum invitatus adibis. 328. Não vê a trave que tem no olho e vê um argueiro no do vizinho. — Aliena vitia in oculis habemus, a tergo nostra sunt. 329. Nas ocasiões é que se conhecem os amigos. — In angustiis apparent amici.
57 Votos
330. Nem só de pão vive o homem. — Non in solo pane vivit homo.
331. Nem tanto, nem tão pouco.
— Medio tutissimus ibis.
332. Nem todas as verdades se dizem.
— Non omnia quae vera sunt recte dixeris.
333. Nem todo dia é dia santo.
— Nec semper lilia florent.
334. Nem tudo que luz é ouro.
— Non omne id quod fulget, aurum est.
335. Ninguém acorde o cão que está dormindo.
— Temulentus dormiens non est excitandus. 336. Ninguém dá o que não tem, nem mais do que tem. — Nemo dat quod non habet, nec plus quam habet. 337. Ninguém é moeda de vinte patacas, para agradar a todos. — Nemo omnibus placet. 338. Ninguém é obrigado a fazer o impossível. — Ad impossibilia nemo tenetur. 339. Ninguém é obrigado a fazer o impossível. — Ad impossibilia nemo tenetur.
340. Ninguém é profeta em sua terra.
— Nmo propheta acceptus est in patria sua.
341. Ninguém nasce sabendo. — Nemo nascitur sapiens.
342. Ninguém pode ser juiz em causa própria.
— Judex in causa propria nemo esse potest. 343. Ninguém pode servir a dois senhores. — Nemo potest duobus dominis servire.
344. Ninguém se contenta com o que tem.
— Nemo sua sorte contentus. 345. Ninguém se meta onde não é chamado. — Ad concilium ne accesseris antequam vocaris. 346. No espelho, vê-se o rosto; no vinho, o coração. — Aes formae speculum est, vinum mentis. 347. No meio é que está a virtude. — In medio virtus.
348. No mundo, tudo é vaidade.
— Vanitas vanitatum, et omnia vanitas.
349. No sofrer e no abster está todo o vencer.
— Sustine et abstine.
350. No vinho está a verdade.
— In vino veritas. 351. Novos tempos, novos costumes. — Tempora mutantur et nos in illis.
352. O abuso não tira o uso.
— Abusus non tollit usum.
353. O abuso não tolhe o uso.
— Abusus non tollit usum.
354. O alheio chora a seu dono.
— Res ubicumque sit pro domino suo clamat.
355. O amor é como a tosse: impossível ocultar.
— Amor tussisque non celantur. 356. O amor e o poder não querem sócios. — Amor et potestas impaciens consortis.
357. O amor entra pelos olhos.
— Ex aspectu nascitur amor. 358. O amor tudo vence. — Amor vincit omnia.
359. O autor louva sua obra.
— Auctor opus laudat.
360. O avarento rico não tem parente nem amigo
. — Affinem nullum dives avarus habet. 361. O bem que não fizeres, dos teus não esperes. — Frustra sperabis ab alieno, quodipse tibi praestre noluisti. 362. O boi mais velho ensina o mais novo a arar. — A bove majore discit arare minor. 363. O boi pela ponta, o homem pela palavra. — Cornu bos capitur, voce ligatur homo.
364. O bom juiz ouve o que cada um diz.
— Judex ille sapit qui darde censet et audit.
365. O bom pastor dá sua vida por suas ovelhas.
— Bonus pastor animam suam dat pro ovibus suis. 366. O bom pastor deve tosquiar, e não esfolar o seu rebanho. — Boni pastoris est tondere pecus, non deglubere. 367. O bom vinho escusa pregão. — Laudato vino non opus est hedera. 368. O coração sente e a boca mente. — Aliud in ore, aliud in corde. 369. O costume é uma segunda natureza. — Consuetudo altera natura.
370. O dinheiro excita, mas não sacia o avarento.
— Avarum irritat, non satiat pecunia. 371. O erro repetido passa por verdade. — Consensus tollit errorem.
372. O fim coroa a obra. —
Finis coronat opus. 373. O fim justifica os meios. — Quum finis est licitus etiam media sunt licita. 374. O hábito não faz o monge. — Habitus non facit monachum. 375. O homem é fogo e a mulher estopa: — vem o diabo e sopra. — Dicitur ignis homo, sic femina stupa vocatur; insuflat deamons: — gignitur ergo focus. 376. O homem faz-se por si. — Faber est quisque tortunae suae. 377. O homem honrado não teme murmúrios. — Ab auditione mala non timebit. 378. O homem põe e Deus dispõe. — Homo proponit, sed Deus disponit.
379. O jogo só é desonroso para o pobre.
— Alea turpis mediocribus.
380. O ladrão cuida que todos o são.
— Esse sibi similes alios fur judicat omnes.
381. O mal ganhado, o diabo o leva
. — Mala parta, male dilabuntur. 382. O muito mimo perde os filhos. — Efficit ignavos patris indulgentia natos.
383. O número dos tolos é infinito.
— Stultorum infinitus est numerus. 384. O olho do dono trabalha mais que as mãos. — Dominus vidit multum in rebus suis. 385. O parto da montanha. — Parturiun montes, nascetur ridiculus mus.
386. O passado, passado!
— Praeterita mutare non possumus.
387. O perdão faz o ladrão.
— Eficit insignem nimia indulgentia furem. 388. O pilão conserva o odor do alho socado. — Allia quando terunt retinent mortaria gustum. 389. O pior de esfolar é o rabo. — Detrahitur cauda nunquam bene pellis ab ima.
390. O pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada.
— Nihil sine Dio.
391. O que é bom não dura.
— Optima citissime pereunt. 392. O que é bom por si se gaba. — Laudato vino non opus est hedera. 393. O que é de mais mal não faz. — Quod abundat non nocet. 394. O que é raro é caro. — Omnia rara cara. 395. O que é ruim de passar é bom de lembrar. — Quae fuit durm pati meminisse dulce est. 396. O que fizeres, encontrarás. — Ab alio expectes, quod alteri feceris.
397. O que mulher quer, nem o diabo dá jeito.
— Quod non potest diabolus mulier evincit. 398. O que não se faz em dia de Santa Luzia, faz-se noutro qualquer dia. — Quod difertur non aufertur. 399. O que não tem remédio, remediado está. — De re irreparabile ne doleas.
400. O que o sábio faz primeiro, faz o néscio derradeiro.
— Quod sapiens prius facit, stultus posterius. 401. O que se faz de noite, de dia aparece. — Nocte lucidus, interdiu inutilis.
402. O que tem de ser tem muita força
. — Fata viam inveniunt.
403. O rogado é mais caro que o comprado. —
Hic tua mercatur quia a te saepe precatur. 404. O seu a seu dono. — Suum cuique tribuere.
405. O sol nasce para todos.
— Sol lucet omnibus.
406. O sono é parente da morte.
— Somnus est frater mortis.
407. O temor de Deus é o princípio da sabedoria.
— Timor Domini initium sapientiae est. 408. O tempo é mestre. — Dies posterior prioris est discipulis.
409. O tempo tudo traz.
— Omnia fert aetas.
410. O tempo vai e não volta.
— Fugit irreparabile tempus. 411. O tempo voa. — Cito pede labitur aetas. 412. O tolo aprende à sua custa. — Malo accepto sultus sapit.
413. O tolo calado passa por sabido.
— Stultus quoque si tacuerit, sapiens reputabitur. 414. O trabalho é que faz o homem. — Opus artificem probat. 415. O trabalho regula a paga. — Qualis pagatio, talis laboratio.
416. O trabalho tudo vence.
— Labor omnia vincit. 417. O travesseiro é o melhor conselheiro. — In nocte consilium. 418. Obras são amores e não palavras. — Re opitulandum, non verbis.
419. Olho por olho, dente por dente. —
Oculum pro oculo, dentem pro dente.
420. Onde bem me vai, tenho mãe e pai.
— Ubi bene, ibi patria. 421. Onde está a força maior, cessa a menor. — Ubi major est, minor cedat. 422. Onde ha força, direito se perde. — Jus rationis abest, ubi saeva potentia regnat. 423. Onde há fumaça, há fogo. — Semper flamma fumo proxima est. 424. Onde há mel, há abelhas. — Ubi mel, ibi apis. 425. Onde muitos mandam, ninguém obedece. — Multitudo imperatorum curiam perdidit. 426. Onde o galo canta, aí janta. — Legitimus propria quaestus ab arte venit.
427. Onde o ouro fala, tudo cala.
— Auro loquente, nihil pollet quaevis oratio.
428. Onde o padre canta, aí janta.
— Legitimus propria quaestus ab arte venit.
429. Os mansos possuiram a terra. —
Mites possident terram.
430. Os olhos são a janela da alma
. — Oculus animi index.
431. Os pés irão onde quiser o coração. — Illic est oculus qua res quam adamamus.
432. Ouro é o que ouro vale.
— Hoc aurum scito pretium quod pr tenet aureo.
433. Ovelha que berra, bocado que perde.
— Si corvus posset tacitus pasci, haberet plus dapis. 434. Paga o justo pelo pecador. — Unius peccata tota civitas luit. 435. Pai e mãe é muito bom, barriga cheia é melhor. — Mammas atque tatas nimium conducit habere; sed potum et multum praestat habere cibum. 436. Paixão cega a razão. — Amor caecus.
437. Palavra e pedra que se soltam não têm volta.
— Verbum emissum non redit. 438. Palavras ditas, pancadas dadas. — In maledicto plus injuriae quam in manu.
439. Palavras, leva-as o vento.
— Verba volant. 440. Panela que muitos mexem, ou sai insossa ou salgada. — Quod multum commune est, minima abdhibitur diligentia. 441. Pão de hoje, carne de ontem e vinho de outro verão fazem o homem são. — Carnem hesternam, panem hodiernum, annotina vina, sume libens dicto tempore, sanus eris.
442. Papagaio velho não aprende a falar.
— Psittacus vetus non discit loqui.
443. Para cavalo novo, cavaleiro velho.
— Antiquus pullum scandere novit eques.
444. Para grandes males, grandes remédios.
— Extremis morbis, extrema, exquisita remedia optima sunt. 445. Para não acabar, é melhor não começar. — Aut non tentaris, aut perfice. 446. Para o passarinho, não há como seu ninho. — Cespite natali quilibet optat ali. 447. Para que cego com espelho? — Quid caeco cum speculo? 448. Para tudo há remédio, menos para a morte. — Contra vim mortisnon est medicamen in hortis. 449. Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. — Lignum tortum haud unquam rectum. 450. Pedra que rola não cria limo. — Musco lapis volutus non abducitur.
451. Pela amostra se conhece a chita.
— E fimbria de texto judicatur. 452. Pela linha vi a tinha. — Morbus hereditarius. 453. Pelo dedo se conhece o gigante. — Ab ungibus leo. 454. Pelo dedo se conhece o gigante. — Ex digito gigas. 455. Pelo dedo se conhece o leão. — A digito cognoscitur leo. 456. Pelo fruto se conhece a árvore. — Arbor ex frutcu cognoscitur.
457. Pelos frutos se conhece a árvore.
— A fructibus eorum cognoscetis eos. 458. Pequenas dívidas fazem grandes inimigos. — Aes debitorum leve, grave inimicum facit. 459. Perca-se tudo, menos a honra. — Omnia si perdas, famam servare memento.
460. Perdoar ao mau é dizer-lhe que o seja.
— Bonis nocet qui malis parcit.
461. Pobre muda de patrão, mas não de condição.
— Pauper dominum, non sortem mutat. 462. Pobre não tem amigo nem parente. — Inopi nullus amicus.
463. Por bem fazer, mal haver.
— Pro beneficio maleficium accipere. 464. Por fora muita farofa, por dentro molambo só. — Res modo formoase foris, intus erunt maculosae. 465. Porta aberta, o justo peca. — Oblata occasione, vel justus perit. 466. Portador não merece pancada. — Nuntio nihil imputandum.
467. Pouco fel faz azedo muito mel.
— Ex gutta mellis generantur flumina fellis. 468. Pra mula velha, cabeçada nova. — Mula senex fulvis orntur saepe lupatis. 469. Preso e cativo não tem amigo. — Donec eris felix, multos numerabis amicos. 470. Princípios ruins, desgraçados fins. — Mali principii malus exitus. 471. Procurar agulha em palheiro. — Acum in meta foeni quaerere. 472. Quando Deus não quer, Santos não rogam. — Nolente Deo, effundentur inaniter preces. 473. Quando Deus quer, com todos os ventos chove. — Largitur pluvias, ubi vult divina potestas. 474. Quando os gatos não estão em casa, os ratos passeia por cima da mesa. — Audacem reddit felis absentia murem. 475. Quando os meus males forem velhos, os de alguém serão novos. — Quid rides me flente? — novum tibi crede futurum luctum, forte meus cum mihi priscus erit. 476. Quando um não quer, dois não brigam. — Unus duntaxat non preliatur. 477. Quanto maior é a ventura, tanto menos é segura. — Nemo infelicitati propinquior, quam nimis felix. 478. Quanto mais besta, mais peixe. — Fortuna favet fatuis.
479. Quanto mais se vive, mais se vê.
— Multa ferunt anni venientes commoda secum.
480. Quatro olhos vêem mais do que dois.
— Auspiciunt oculi duo lumina clarius uno.
481. Queijo de ovelha, leite de cabra, manteiga de vaca. —
Caseum ovis, lac capra mi dent et vacca butyrum. 482. Quem vaca de el-rei come magra, gorda a paga. — Est qui macram regis vaccam, solvit opimam. 483. Quem a boa árvore se chega, boa sombra o cobre. — Non male sedet qui bonis adhaeret. 484. Quem aconselha não obriga. — Nemo consilio obligatur.
485. Quem adiante não olha, atrás se fica.
— Qui nimium properat, serius absolvit. 486. Quem ama a Beltrão, ama seu cão. — Qui me amat, meos diligit.
487. Quem ama a Beltrão, ama seu irmão.
— Qui me amat meos diligit.
488. Quem anda no mar aprende a rezar.
— Qui nescit orare, pergat ad mare. 489. Quem aos vinte não barba, aos trinta não casa e aos quarenta não tem, não barba, não casa, não tem. — Sera sunt baba pos vigesimum, scientia post trigesimum, divitiae pos quadragesimum. 490. Quem as coisas muito apura, não vive vida segura. — Qui nimis inquirit, multa pericla subit. 491. Quem bem ama, bem castiga. — Qui bene amat, bene castigat.
492. Quem bem vive, bem morre
. —Qui vult rite mori, ne prave vivat oportet. 493. Quem cala não quer barulho. — Omnia qui reticet, munera pacis habet. 494. Quem cala vence. — Silentii tutum praemium.
495. Quem cala, consente.
— Qui tacet, consentire videtur.
496. Quem cedo dá, dá duas vezes
. — Bis dat qui cito dat.
497. Quem com coxo anda, aprende a mancar.
— Semper eris similis cum quibus esse cupis. 498. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. — Qui gladio ferit, gladio perit.
499. Quem comeu a carne que roa os ossos. — Faecem bibat qui vinum bibit.
500. Quem compra e mente, na bolsa o sente. — Mendacem emptorem crumena arguit. 501. Quem corre atrás de dois, um vai embora. — Lepores duos insequens, neutrum capit. 502. Quem corre, cansa; quem anda alcança. — Festinatio tarda est. 503. Quem dá aos pobres empresta a Deus. — Qui dat pauperi non indigebit.
504. Quem dá o pão dá o castigo
. — Dum repascis natos pane, flagella premant.
505. Quem dá o que é seu, sem ele se fica.
— Si tua das cunctis omnia, multa feres. 506. Quem desdenha quer comprar. — “Malum est, malum est”, dicit omnis emptor.
507. Quem deve a quem me deve, a mim me deve.
— Debitor debitoris mei debitor meus est. 508. Quem diabos compra, diabos vende. — Daemonium vendit qui daemonium prius emit. 509. Quem dinheiro tiver, fará o que quiser. — Pecuniae obediunt omnia. 510. Quem diz o que quer, ouve o que não quer. — Quis quae vult dicit, quae non vult audit. 511. Quem é teu inimigo? — É o oficial de teu ofício. — Faber fabro invidit.
512. Quem escuta, de si ouve.
— Experta est linguas auris iniqua malas. 513. Quem está bem, deixe-se estar. — Regula certa datur: qui stat bene ne moveatur. 514. Quem está com fome, não escuta conselhos. — Venter auribus caret. 515. Quem está trabalhando, a Deus está se encomendando. — Laborare est orare. 516. Quem faz o mal, espere outro tal. — Ab alio spectes alteri quod feceris. 517. Quem faz uma vez, faz duas e três. — Semel artiex, millies artifex esse potest. 518. Quem foi Naninha! — Quantum mutatus ab illo! 519. Quem foi ruim, não deixa de ser. — Semel malus, semper malus.
520. Quem fz neste mundo, aqui mesmo paga.
— Quisquis iniqua facit, patiatur iniqua, necesse est. 521. Quem graças faz, graças merece. — Gratia gratiam parit.
522. Quem mais alto sobe, maior queda dá.
— Quo quisque est altior, eo est periculo proximior. 523. Quem mais duvida, mais aprende. — Dubitando ad veritatem parvenimus. 524. Quem mais duvida, mais aprende. — Dubium sapientiae initium.
525. Quem mais grita não é quem tem mais razão.
— Copia sermonis non est consors rationis. 526. Quem mais tem, mais deseja. — Plurima cum tenuit, plura tenere cupit.
527. Quem mal começa, mal acaba
. — Mali principii malus exitus.
528. Quem mal cospe, duas vezes se alimpa.
— Bis tergendus erit qui male sputa jacit. 529. Quem mal fala, pior ouve. — Malecicens pejus audit.
530. Quem muito abarca, pouco aperta.
— Plurima conants prendere pauca ferunt. 531. Quem muito fala, muito enfada. — Malo tacere mihi quam mala verba loqui. 532. Quem muito fala, muito erra. — Multis lingua nocet: — nocuere silentia nulli.
533. Quem muito pede, muito fede.
— Importunus erit crebo quicumque rogabit. 534. Quem não aceita conselhos, não merece ajuda. — Qui se consuluit solus secum ipse dolebit. 535. Quem não aparece, se esquece. — Tam procul ex oculis quam procul ex corde. 536. Quem não arrisca, não petisca. — Nihil lucri cepit qui nulla pericla subivit.
537. Quem não avança, recua.
— Non progredi est regredi. 538. Quem não é por mim, é contra mim. — Qui non est mecum, contra me est. 539. Quem não o conhecer, que o compre. — Tollat te, qui te non novit.
540. Quem não pode o menos, não pode o mais.
— Cui non licet quod est minus, utique non licet quod est plus. 541. Quem não quer quando pode, não pode quando quer. — Nulli pro libito est unquam concessa libertas. 542. Quem não quer trabalho, não quer ganho. — Molam qui vitat, farinam vitat. 543. Quem não sabe calar, não sabe falar. — Qui nescit tacere, nescit et loqui.
544. Quem não sabe falar, é melhor calar.
— Praestat tacere quam stulte loqui. 545. Quem não sabe fingir, não sabe governar. — Qui nescit dissimulare, nescit regnare. 546. Quem não sabe sofrer, não sabe vencer. — Vincit qui tapitut.
547. Quem não tem cabeça, não carrega chapéu.
— Carente capite non opus est pileo. 548. Quem não tem farinha, pra que quer peneira? — Qui caret asino, clitellam ne quaerat. 549. Quem não tem vergonha, todo o mundo é seu. — Cui pudor non est, orbi dominator. 550. Quem não trabalha, não come. — Qui non laborat, non manducet. 551. Quem nega e depois faz, quer paz. — Ille est pacis amans, quicunque negata retracta. 552. Quem o alheio veste, na praça o despe. — Qui furtim accipit, palam exsolvit.
553. Quem o feio ama, bonito lhe parece.
— Suum cuique pulchrum.
554. Quem paga o que deve, aumenta o que é seu
. — Solve aes alienum et quod te cruciat, scias. 555. Quem pode o mais, pode o menos. — Cui licet quod est plus, licet utique quod est minus. 556. Quem pode ser seu, sendo de outro é sandeu. — Alterius non sit qui suus esse potest. 557. Quem poupa os maus, prejudica os maus. — Bonis nocet qui malis parcet.
558. Quem primeiro anda, primeiro manja.
— Primus veniens, primus molet.
559. Quem procura, acha
. — Qui bene perquirunt, promptius inveniunt. 560. Quem quer tudo, tudo perde. — Avidum sua saepe deludit aviditas.
561. Quem quiser cedo engordar, coma com fome e beba devagar.
— Si potes lente, capiasque famelicus escam optatam, exiguo tempore pinguis eris. 562. Quem ri hoje, chora amanhã. — Post gaudia, luctus.
563. Quem se faz de mel, moscas o comem.
— Si dulcis fias ut mel, te musca vorabit.
564. Quem se faz de ovelha, o lobo o come.
— Quisquis ovem simulat, hunc lupus ore vorat. 565. Quem se sentir sem culpa, atire a primeira pedra. — Qui est sine peccato, primum in illa lapidem mittat.
566. Quem se vence, vence o mundo.
— Vincere cor proprium plus est quem vincere mundum. 567. Quem se veste de ruim, veste-se duas vezes no ano. — Bis anno vestiri si vis, vilem indue pannum. 568. Quem semeia ventos, colhe tempestades. — Ventum seminabunt et turbinem metent. 569. Quem sempre mente, vergonha não sente. — Semper mendax impudens. 570. Quem sozinho comeu seu galo, sozinho sele seu cavalo. — Qui solus comedit, solus sua pondere gestat. 571. Quem tem amor, tem ciúme. — Qui non zelat, non amat. 572. Quem tem carneiro, tem lã. — Semper habet lanam, cui copia larga bibentum. 573. Quem tem inimigo, não dorme. — In periculo non est dormiendum.
574. Quem tem o que perder, tem o que comer.
— Plura timenda divitibus.
575. Quem tem ofício, tem benefício.
— Ars portus miseriae.
576. Quem tem telhado de vidro não atira pedra no dos outros.
— Desinant maledicere malefacta ne noscant sua. 577. Quem trabalha o dia inteiro, acha mole o travesseiro. — Dulcis est somnus operantis. 578. Quem tudo quer tudo perde. — Avidum sua saepe deludit aviditas.
579. Quem vê a barba do vizinho arder, bota a sua de molho.
— Jam tua res agitur, paries cum proximus ardet. 580. Quem vê cara, não vê coração. — Frons, oculi, vultus persaepe mentiuntur.
581. Quem vier atrás, que feche a porteira.
— Qui postremus abit, redeuntibus ostia claudet. 582. Querer é poder. — Volle est posse. 583. Questão puxa questão. — Lis litem parit. 584. Raio não cai em pau deitado. — Periunt summos fulmina montes.
585. Raposa cai o cabelo, mas não deixa de comer galinha
. — Lupus pilum mutat, non mentem. 586. Raposa que dorme não apanha galinha. — Dormiens nihil lucratur.
587. Raposa velha não cai em armadilha.
— Annosa vulpes non capitur laqueo. 588. Remenda teu pano, durará mais um ano; remenda outra vez, durará mais um mês; torna a remendar, pra então se acabar. — Se vestem repares, longum durabis in annum. 589. Resposta branda a ira quebranta. — Responsio mollis frangit iram.
590. Rico avarento não tem parente, nem amigo. —
Affinem nullum dives avarus habet. 591. Rico é quem se contenta com o que tem. — Sorte sua quisque dives, si contentus.
592. Roma não se fez num dia.
— Non fuit in solo Roma peracta die.
593. Saltar das brasas e cair nas labaredas.
— Incidit in flammam cupiens vitare favillas. 594. Saram cutiladas e não más palavras. — In maledicto plus injuriae quam in manu. 595. Saúde cuidada, vida conservada. — Custodit vitam qui vustodit sanitatem. 596. Se as armas falam, as leis se calam. — Silent inter arma leges. 597. Se há de mais tarde chorar o pai, chore agora o filho. — Melius est pueri fleant quam senes. 598. Se há de se dar ao rato, dê-se ao gato. — Accipiat felis quae vellent rodere mures. 599. Se queres a paz, prepara-te para a guerra. — Si vis pacem, para bellum. 600. Se queres ser velho moço, faze-te velho cedo. — Mature fies senex, si diu velles esse senex. 601. Se te dá o pobre, é para que mais te tome. — Dat tibi, ut accipiat duplicata numismata, egenus. 602. Sem conheceres, não louves nem ofendas. — Antequam noveris a laudando et vituperando abstine. 603. Sem dinheiro, tudo é vão. — Absque argento omnia vana.
604. Só s sabe o que é saúde quando se está doente.
— Pretiosa quam sit sanitas morbus docet. 605. Sobre gosto não se discute. — De gustibus et coloribus non est disputandum.
606. Sol e sal livram a gente de muito mal.
— Cum sale et sole omnia fiunt.
607. Tal amo, tal criado
. — Qualis dominus, talis servus.
608. Tal pai, tal filho.
— Qualis pater, talis filius.
609. Tal vida, tal morte. —
Tal vida, tal morte.
610. Tantas cabeças, tantas opiniões.
— Tot capita, tot sententiae. 611. Tanto tens, tanto vales. — Nihil satis est, quia tanti, quanti habeas, sis.
612. Tanto vai o pote à bica, que um dia lá se fica.
— Cantharus assidue gestatus perdidit ansam. 613. Tão bom é o ladrão como o consentidor. — Agentes et consentientes pari poena puniuntur.
614. Tarde dar é o mesmo que negar.
— Tarde benefacere nolle est. 615. Tarde piaste! — Sero venisti.
616. Temer a morte é morrer duas vezes.
— Crudelius est quam mori semper mortem timere. 617. Tempo de guerra, mentira como terra. — Multa in bellis inania.
618. Tempo é remédio.
— Tempus tempora temperat. 619. Tempo perdido não se recupera. — Praeteritum tempus umquam revertitur.
620. Toda comparação é odiosa.
— Omnis comparatio odiosa. 621. Toda sobra é demasiada. — Ne quid nimis. 622. Tolo é quem cuida que o seu inimigo se descuida. — Hostis nunquam contemnendus.
623. Tosse, amor e febre ninguém esconde.
— Amor tussisque non celantur. 624. Trabalho bem começado, meio acabado. — Dimidium facti qui bene coepit habet. 625. Trato é trato. — Pacta sunt servanda. 626. Triste de quem morre! — Vae mortuis!
627. Tudo na vida quer tempo e medida.
— Mensura omnium rerum optima. 628. Tudo passa sobre a terra. — Tempus longum vitiat lapidem. 629. Tudo pode ser, sem ser milagre. — Omnia eveniunt ut sunt humana.
630. Tudo que é demais aborrece.
— Quod nimium est, laedit. 631. Um abismo atrai o outro. — Abyssus abyssum invocat.
632. Um gago entende o outro.
— Balbus balbum intellegit.
633. Um grão não enche o celeiro, mas ajuda o companheiro.
— Singula quae non possunt multa collecta juvant. 634. Um ruim conhece outro. — Bestia bestiam novit.
635. Uma andorinha só não faz verão.
— Una hirundo non facit ver. 636. Uma desgraça nunca vem só. — Malis mala succedunt.
637. Uma faca amola a outra
. — Ferrum ferro acuitur. 638. Uma mão lava a outra e ambas o rosto. — Dextra fricat laevam, vultus fricatur ab illis. 639. Uma mentira acarreta outra. — Fallacia alia aliam trudit. 640. Uma testemunha, nenhuma testemunha. — Testis unus, testis nullus.
641. Uns plantam, outros colhem.
— Alii sementem faciunt; alii metent. 642. Usa e serás mestre. — Usus optimus rerum magister.
643. Usar, não abusar.
— Uti, non abuti. 644. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. — Vanitas vanitatum, omnia vanitas. 645. Vão as leis onde querem os reis. — Quae vult rex fieri, sanctae sunt congrua legi.
646. Vasilha ruim não se quebra. —
Vas malum non frangitur. 647. Velhice é doença. — Senectus est morbus. 648. Velhice e mercadoria ruim levam-se às costas. — Aetas mala merx mala terga.
649. Velhice, segunda meninice.
— Senectus est velut altera pueritia. 650. Vence quem se vence. — Vincit qui se vincit.
651. Vender em casa, comprar na feira.
— Vende domi, emi in mundinis.
652. Ver para crer.
— Oculis magis habenda fides quam auribus.
653. Ver, ouvir e calar.
— Auribus frequentius quam lingua utere. 654. Vinho do meio, mel de baixo, azeite de cima. — Vinum intra, subsidant mella, superstet oliva. 655. Vinho velho, amigo velho e ouro velho. — Annosum vinum, socius vetus et vetus aurum. 656. Viúva rica com um olho chora e com o outro repica. — Si vidua est locuples, lacrimoso lumine ridet. 657. Viva a galinha com a sua pevide! — Morbosam retine vitam formidine mortis.
658. Voz do povo, voz de Deus.
— Vox populi, vox Dei est.

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